SOCIOEDUCAÇÃO

Adolescentes da Unidade de Internação Feminina prestigiam mostra de arte no Teatro Deodoro

Exposição da artista alagoana Simone Freitas proporcionou às socioeducandas reflexões sobre identidade, sensibilidade e conservação ambiental

Everton Dimoni

sexta, 26 de setembro de 2025 às 18h30

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Vitória Ester Costa

Texto de Everton Dimoni

Fotos de Vitória Ester Costa
 

Adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Unidade de Internação Feminina (UIF) prestigiaram, nesta sexta-feira (26), uma exposição de arte no Complexo Cultural Teatro Deodoro, onde conheceram algumas das obras da artista visual e arquiteta alagoana Simone Freitas. A mostra “Entre o mar e o Sertão, tem o mangue” explora paisagens simbólicas brasileiras e propõe uma leitura sensível e afetiva desses territórios.

A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) por meio da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), visou contribuir para o processo de formação integral das socioeducandas. Por meio da arte, elas tiveram a oportunidade de expressar sentimentos e despertar a criatividade e a sensibilidade, além de ampliarem os horizontes sobre o tema da conservação ambiental.

“O acesso à cultura é estruturante dentro do processo de socioeducação e proporcionar essa experiência foi extremamente relevante para as nossas adolescentes. Com ações como essa, o Governo de Alagoas pavimenta um novo caminho para que jovens e adolescentes em conflito com a lei possam ressignificar suas jornadas e sejam reinseridos na sociedade com êxito”, explica a supervisora da UIF, Silvia Medeiros.

Na mostra, as adolescentes conheceram um conjunto inédito de obras que exploram paisagens simbólicas do Nordeste brasileiro, como o Sertão, o mangue e o mar, apresentando uma leitura sensível e afetiva desses territórios, marcados por contrastes, memórias e disputas. Com forte carga poética e crítica, os trabalhos são fruto de experiências vividas e do vínculo profundo da artista com os lugares que habita e percorre.

Para uma das socioeducandas, de 19 anos, o momento trouxe uma inspiração para a vida. “Essa visita foi uma grande inspiração para mim, que também gosto de pintar. São obras belíssimas, que emocionam todos aqueles que tem um olhar sensível para a arte. Também trouxe uma reflexão profunda sobre a conservação do meio ambiente”, comentou a adolescente.

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