Líderes empresariais comprometem-se com a reinserção de dependentes químicos no mercado de trabalho

Acolhe Alagoas foi apresentado na reunião de diretores da FIEA, destacando o papel dos empresários na reinserção social dos acolhidos

sexta, 25 de abril de 2014 às 00h00

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Mariana Lima

 

Para destacar a importância dos empresários na reinserção social dos dependentes químicos em recuperação, o programa Acolhe Alagoas foi apresentado nesta quinta-feira (24) aos diretores da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA). A mensagem teve rápida absorção e vários sindicatos e instituições apresentaram propostas de como podem auxiliar na volta dos acolhidos ao mercado de trabalho.

A Secretaria de Estado de Promoção da Paz (Sepaz), gestora do Acolhe no Governo de Alagoas, apresentou como funciona o projeto que é referência nacional: triagem no Centro de Acolhimento, comunidades acolhedoras, busca ativa com os Anjos da Paz, acompanhamento e gestão das vagas através do software Sistema Acolhe.

“Mas tudo isso é só uma parte. Se não tivermos um espaço para que esse dependente químico, saindo do acolhimento, possa ser reinserido socialmente, ele terá mais dificuldade em manter-se longe das drogas e da violência. Precisamos completar esse ciclo, oportunizando o ingresso no mercado de trabalho”, defendeu o secretário da Paz, Adalberon Sá Júnior.

Vários diretores de entidades reconheceram que podem contribuir para a efetiva retomada de vida por parte dos acolhidos. O presidente da FIEA, José Carlos Lyra, discutiu com o secretário da Paz a possibilidade de cursos profissionalizante no Senai voltados para os acolhidos, tanto na capital como nas cidades do interior.

Já o diretor superintendente do Sebrae, Marcos Vieira, levantou a hipótese entre seus diretores de ter ex-acolhidos no quadro de Jovem Aprendiz. “Além disso, a saída não é apenas o emprego formal, mas também o microempreendedorismo. Vamos analisar se podemos começar a dar cursos dentro das próprias comunidades, já para poder oferecer um direcionamento”, falou Marcos Vieira.

Como alguns acolhidos participaram do evento, eles também deram sua contribuição à discussão, inclusive conversando diretamente com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Alagoas (Sinduscon), José da Silva Nogueira Filho.

“Dois rapazes me falaram que já trabalhavam como pedreiros, então isso me apontou dois caminhos: levantar quem entre eles tem experiência na construção civil e oferecer uma capacitação para absorver essa demanda, e a oferta de cursos profissionalizantes junto ao Senai para aqueles que demonstrarem interesse”,  explicou José Nogueira Filho.

Nos próximos dias, a Sepaz irá se reunir individualmente com cada instituição para acertar detalhes das parcerias propostas.


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