Curso profissionalizante muda perspectiva de vida para socioeducandos
Adolescentes em regime de semiliberdade são capacitados para serem pedreiros de alvenaria no Senai/Alagoas
quinta, 16 de fevereiro de 2017 às 00h00
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O futuro de 17 adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas no regime de semiliberdade começou a ganhar novas perspectivas. É que eles iniciaram, no começo desta semana, um curso profissionalizante de pedreiro de alvenaria. A atividade é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
A iniciativa visa proporcionar uma profissão para os socioeducandos com o intuito de reinseri-los no mercado de trabalho após a conclusão da medida.
“Essas atividades são primordiais, pois possibilitam uma mudança de vida e que eles tenham um novo projeto para o futuro, haja vista que o trabalho e o estudo são ferramentas que os afastam da criminalidade”, enfatizou a superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Denise Paranhos.
Para o adolescente M.M.C.S, de 17 anos, este curso é a oportunidade que estava esperando para que encontre uma saída ao final da sua medida. “Estou achando muito bom este curso. Pelo que a gente está vendo, a gente vai ter uma nova perspectiva de vida”, declarou.
Segundo a assistente social, Maitê Monteiro, o curso também irá favorecer o processo de socialização, oportunizando os adolescentes a uma atividade profissionalizante, assim, “a expectativa é de incentivar o desenvolvimento psicossocial e garantir o acesso ao âmbito externo/social de forma positiva”.
Profissionalização
O curso terá aulas teóricas para que os adolescentes aprendam de onde surgiu a técnica, sua importância, campo de trabalho, e também terão a parte prática com a aprendizagem das melhores técnicas de construção de alvenaria.
Ao final, os socioeducandos estarão aptos a desenvolver atividades relacionadas a execução de alvenaria de vedação e revestimento argamassado, seguindo padrões de qualidade, normas de segurança e meio ambiente.
“Com este curso vou ter como ajudar minha mãe, que é quem mais está precisando”, garantiu o jovem J.E.S.N, de 18 anos, que cumpre medida socioeducativa em regime de semiliberdade.