Campanha da Seprev alerta sobre os riscos da gravidez na adolescência
Objetivo é propor reflexão sobre as consequências psicossociais e da saúde
quarta, 05 de fevereiro de 2020 às 00h00
272

A cada ano, mais de 500 mil meninas entre 10 e 19 anos têm filhos no Brasil. Esse número já foi maior, em 2004, eram cerca de 660 mil, de acordo com o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
Essa redução está relacionada a vários fatores, como expansão de políticas públicas, mais acesso à métodos contraceptivos e campanhas educativas de prevenção, como a lançada nas redes sociais da Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), nesta quarta-feira (5).
Com o tema “A vida é feita de escolhas: viva sua adolescência”, a Seprev busca orientar adolescentes sobre os riscos da gravidez precoce, tanto para a saúde física como para a emocional.
Riscos para a saúde
A gravidez na adolescência é sempre considerada uma gravidez de risco, já que a adolescente nem sempre está preparada fisicamente para a gestação, o que pode representar risco tanto para a menina quanto para o bebê.
Os principais riscos da gravidez na adolescência são: Pré-eclâmpsia e eclâmpsia; Parto prematuro; Bebê com baixo peso ou subnutrido; Complicações no parto, que pode levar à uma cesária; Infecção urinária ou vaginal; Aborto espontâneo; Alterações no desenvolvimento do bebê; Má formação fetal; Anemia, dentre outros.
Riscos psicossociais
Há ainda, segundo a Seprev, os riscos psicossociais, pois, normalmente, a gravidez na adolescência não é planejada e intencional, a vida escolar e a atuação futura no mercado de trabalho da mãe podem ser afetadas.
“A adolescente também pode ter problemas familiares, pois há famílias que não aceitam a gravidez na adolescência. Esta é uma situação delicada e exige cuidados específicos, tudo depende do contexto em que a adolescente grávida está inserida, mas podem ocorrer problemas como depressão pós-parto, abandono, negligência e maus tratos”, explica a superintendente da Criança e do Adolescente da Seprev, Samylla Gouveia.
“É comum a adolescente ter uma ‘negação’ com relação à criança e confiar a terceiros a responsabilidade pelo cuidado e pela criação. Ela pode entender que a maternidade vai atrapalhar a vida dela, pode sofrer com questões relacionadas ao próprio desenvolvimento psicológico, questionar por que isso aconteceu com ela, ter depressão e baixa autoestima”, completou Samylla Gouveia.
Campanha digital
Ao longo de toda a semana, os perfis das redes sociais da Seprev estarão dedicados à orientação sobre os riscos da gravidez na adolescência, bem como suas formas de prevenção.
Com base em informações de saúde e comportamentais, a proposta da campanha é despertar a reflexão e promover o diálogo entre os jovens e as suas famílias em relação ao desenvolvimento afetivo, autonomia e responsabilidade.
“A ideia é disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da gravidez na adolescência”, finalizou Samylla Gouveia.
Para acessar os materiais da campanha basta acessar os perfis da Seprev nas redes sociais ou no site www.seprev.al.gov.br